Tudo o que você precisa saber antes de comprar uma máquina CNC
Pensando em aumentar a produtividade da sua empresa adquirindo máquinas com tecnologia CNC e se deparou com alguns termos novos?
Neste E-book vamos falar, resumidamente, sobre o que é CNC e alguns de seus termos frequentemente utilizados que ajudarão a entender melhor nossos próximos textos.
A sigla CNC nada mais é do que a abreviação de: Comando Numérico Computadorizado. Sendo, simplesmente, um conjunto de sistemas, softwares e hardwares que, juntos, operam automaticamente as máquinas e ferramentas, como por exemplo, os centros de usinagens, tornos, fresadoras e mandrilhadoras.
Os programas para CNC
Assim como em seu computador doméstico, existem vários programas usados para trabalhar e se comunicar com o CNC de uma máquina. Basicamente são necessários três programas:
• Um programa CAD;
• Um programa CAM e, também;
• O programa do controlador da máquina.
O programa CAD, abreviação de Computer Aided Design - em português: Desenho Assistido por Computador - é um nome genérico utilizado para programas de desenhos e projetos. Alguns exemplos de programas mais conhecidos são o AutoCad, SolidWorks e Sketchup. Nestes softwares poderão ser feitos os desenhos e projetos das peças que se deseja produzir com a máquina.
Para converter o desenho gerado no teu programa CAD é necessário um software CAM, abreviação de Computer Aided Manufacturing - Manufatura Auxiliada por Computador, o que nada mais é que definir as rotinas e trajetórias que a máquina irá executar automaticamente. Ou seja, o CAM irá converter o desenho CAD em linhas de comando que irão operar a máquina. Estes comandos são conhecidos como G-code, ou, código G. Alguns exemplos de programas CAM são o CamBam, AutoDesk Fusion 360 (plug-in para AutoCad) e HSMXpress (plug-in para Solid Works).
Para traduzir todos estes códigos e comandos gerados pelo programa CAM, utiliza-se o controle CNC. É ele quem dirá para a máquina quais operações deverá realizar. Podemos destacar como os exemplos de controles CNCs mais utilizados no mercado: Fanuc, Mitsubishi, Siemens, Fagor e Heidenhain.
Os Códigos G
Como visto no item anterior, o código G é uma linguagem de programação que faz a máquina trabalhar, convertendo o projeto desenhado no computador em operações da máquina CNC. Por isso é de extrema importância conhecer estes códigos, pelo menos os mais básicos. Um dos principais motivos para isto é que você poderá poupar muito tempo, uma vez que não será necessário digitá-los manualmente, já que são convertidos automaticamente. Outra razão está no poder de alterar os códigos gerados pelo programa CAM, adicionando ou retirando comandos específicos para que a máquina realize e que não foram colocados inicialmente pelo software CAM. Ou, também, modificar algum comando para corrigir a compatibilidade que foi criada pelo programa com o controle CNC do equipamento.
Velocidade e Avanço na Usinagem:
De forma resumida, vamos definir alguns conceitos sobre a área de usinagem CNC: velocidade e avanço:
Velocidade: se refere à velocidade da ferramenta de corte. É a velocidade no momento em que a ferramenta tem contato com a superfície que esta sendo usinada e o resultado deste contato é a produção de cavaco. A velocidade é a relação entre o diâmetro da fresa e a rotação do motor. Considerando a mesma rotação, quanto maior o diâmetro da ferramenta, maior será a velocidade tangencial, ou seja, é uma relação diretamente proporcional.
Normalmente os fabricantes de ferramentas fornecem tabelas de velocidade padrão que cada fresa deve atingir quando trabalha com diferentes tipos de materiais. Muitas vezes até dizem a rotação ideal do motor. Estes números devem ser respeitados pelos operadores, pois as ferramentas terão vida útil maior com seu melhor aproveitamento.
Avanço: é a velocidade com que a ferramenta se desloca por um determinado espaço ao longo dos eixos.
É importante entender bem estes conceitos de velocidade e avanço para obter do equipamento e da ferramenta o melhor desempenho máximo das quais foram projetadas. Para escolher a melhor ferramenta dimensionada, deve-se saber o tipo de material escolhido e vice e versa. Depois de definida a ferramenta, deve ser observada o diâmetro da mesma para então determinar a velocidade e o avanço que poderão ser utilizados. Uma escolha errada dentre estes poderá ocasionar problemas sérios que vão desde um trabalho de baixa qualidade até mesmo a quebra da ferramenta.